sábado, 10 de agosto de 2013

Andador Infantil, Sim ou Não? Eis a polêmica questão!

    Hoje em dia muitos pais recorrem ao uso do andador infantil para terem mais tempo para fazerem suas tarefas diárias, ou até mesmo descansar um pouco, se esquivando ou não sabendo de certas informações importantes sobre o uso do andador infantil. Muitos dizem que o andador é utilizado para dar maior independência para seus filhos, trabalhando assim, desde a infância sua autonomia. Poucos sabem dos riscos que esse produto pode trazer para a saúde da criança, por isso vou colocar aqui algumas informações colhidas de alguns sites importantes de pediatria.
   Se você pegar um tempo para reparar em uma criança com andador infantil, logo se observa que a maioria delas se empurram para trás, olhando pela funcionalidade, como é que uma criança pode evoluir sua musculatura de pernas e tronco realizando somente esse movimento, quando o que tentamos estimular é a marcha para anterior, ou seja, a marcha normal. Como fisioterapeuta, sou contra o uso do andador, embora tenha usado na infância, hoje em dia não recomendo, pois a independência infantil está dentre as várias coisas que posso citar aqui, sentar sem apoio, comer sozinho... O que precisa ser respeitado são as aquisições motoras de cada criança de acordo com sua idade cronológica.

  De acordo com o Dr. Danilo Blank da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em um artigo publicado no site http://www.conversandocomopediatra.com.br, relata que desde 2007, é proibido vender, importar, e mesmo fazer propaganda de andador para bebês no Canadá. Apesar de ainda muito popular no Brasil, para bebês de 6 a 15 meses, o andador não é recomendado pelos pediatras. A literatura científica tem colocado por terra todas estas teses, inclusive a ideia de que o andador é seguro é a mais errada delas. Colocar um bebê de menos de um ano num verdadeiro veículo que pode atingir a velocidade de até 1 m/s equivale a entregar a chave do carro a um menino de dez anos. Crianças até a idade escolar exigem total proteção. O andador atrasa o desenvolvimento psicomotor da criança, ainda que não muito. Bebês que utilizam andadores levam mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio. Além disso, engatinham menos e têm escores inferiores nos testes de desenvolvimento.
    O exercício físico é muito prejudicado pelo uso do andador, pois, embora ele confira mais mobilidade e velocidade, a criança precisa despender menos energia com ele do que tentando alcançar o que lhe interessa com seus próprios braços e pernas. Existe um movimento muito intenso na Europa e nos Estados Unidos visando a implantar uma lei semelhante à canadense, uma vez que todas as estratégias educativas têm falhado na prevenção dos traumatismos por andadores.
 Enquanto este progresso não chega ao Brasil, continuamos contando com o bom senso dos pais, no sentido de não expor os bebês a um produto perigoso e absolutamente desnecessário.


     Outra questão é sobre a estimulação da marcha feita pelos pais, segurando nos braços acima da linha da cabeça e levando a criança a dar seus primeiros passos, sem saber que ao fazer um "bem" estão colocando seus filhos em risco, como o de uma possível luxação/subluxação de ombro ou rádio.
   Por isso deve-se ter cuidado com crianças na hora de brincar ou andar na rua para passear, pois seus ligamentos ainda não são firmes o bastante para suportar peso ou movimentação brusca, podendo causar lesões que resultam em muita dor.
    Afim de evitar essas lesões, fabricantes de artigos para crianças estão pensando em estratégias para a estimulação da marcha sem maiores perigos, de uma maneira simples e que favorece a criança e o adulto também, tornando esse momento uma diversão a parte, além de deixar a criança com os braços livres e independentes. 

Espero ter ajudado com as informações aqui expostas.


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